Os diferentes formatos de taças
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Não, ninguém precisa ter uma porção de modelos de taça, para desfrutar os prazeres do vinho. Mas é, no mínimo, interessante, conhecê-las.
Há quem garanta que faz toda a diferença escolher a taça adequada a cada vinho.... O que diferencia um formato do outro? Por que uma taça seria mais adequada para determinado vinho, e nem tanto para outro?
Para responder a essas perguntas, vamos conhecer alguns dos principais modelos:
Bordeaux, ideal para vinhos muito tânicos e de acidez moderada. Dirige o vinho para o centro da língua, criando uma harmonia entre o caráter frutado, o tanino e a acidez.
Borgonha, perfeita para vinhos de taninos moderados e elevada acidez. Direciona o vinho para a ponta da língua, reduzindo o impacto da acidez e realçando o sabor frutado.
Brancos encorpados, de moderada acidez, eventualmente envelhecidos. Leva o vinho para o centro da língua, contribuindo para a harmonia dos componentes.
Brancos leves, frutados e ricos em acidez. Guia o vinho para a ponta da língua, acentuando a fruta e tornando mais discreta a acidez naturalmente elevada.
Espumantes, mais conhecida como flute, ou flauta. Projetada para realçar o buquê do vinho, assim como a riqueza e a complexidade. A altura dá destaque às bolhas que sobem pela taça. O fato de ser estreita diminui a superfície exposta ao ar, fazendo as borbulhas durarem mais tempo.
Sauternes, ideal para vinhos de sobremesa encorpados, de textura viscosa e aroma intenso. O formato permite superfície relativamente grande de exposição ao ar, para que os aromas mais complexos se desenvolvam, mas com uma borda estreita que retém e concentra o buquê, além de ressaltar a acidez.
Porto, perfeita para realçar as características clássicas dos vinhos fortificados. O tamanho reduzido da taça evita que o alto teor alcoólico se sobreponha aos aromas.
Algumas bebidas produzidas com uva, mas destiladas e não fermentadas, também têm formatos de taça específicos, desenvolvidos para valorizar suas qualidades. Veja alguns exemplos:
Grappa, aguardente italiana extremamente aromática, cuja taça típica possui uma superfície bem pequena para evaporação, e direciona um fluxo fino para a ponta da língua, revelando as verdadeiras e deliciosas qualidades desta delicada bebida. Para ler mais sobre Grappa, clique aqui.
Cognac, que ao contrário do que se pensa, não deve ser degustado naquela enorme taça em formato de balão, e sim em uma pequena tulipa que enfatiza e canaliza seus aromas e sabores delicados, e suaviza seu álcool intenso. Se quiser ler mais sobre Cognac, clique aqui.
Além disso, há uma taça tida como “oficial”, projetada para o estudo olfativo dos vinhos e certificada para degustações profissionais. Se você nunca ouviu falar nela, ou se quiser ler mais sobre essa taça, clique aqui.
Por fim, existem taças desenvolvidas, especificamente, para promover determinada região, como é o caso das charmosas taças da Alsácia, bojudas e com uma alta haste verde. É o caso, também, das taças de Cahors, com um típico anel desenhado na haste. Se quiser ler sobre as taças da Alsácia, clique aqui. Ou então, sobre as de Cahors, clique aqui.
Mas é importante ter em mente que uma única taça, preferencialmente no formato de tulipa, é mais do que suficiente para que apreciemos os mais incríveis vinhos do planeta!
E, seja qual for a taça do seu vinho, ele é certamente mais importante! Saúde!
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