Garganega
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- Categoria: cepas
Essa uva é natural da região do Vêneto, no nordeste italiano, mais especificamente das províncias de Vicenza e de Verona. Que tal conhecê-la melhor?
Antes de mais nada, vale saber que a Garganega é uma das uvas mais plantadas da Itália, o que parece ser um bom sinal... Mesmo assim, trata-se de uma uva desconhecida, cujo nome não costuma aparecer em rótulos.
Essa é uma variedade branca da espécie Vitis vinifera, de bagos médios em formato de esfera, pele espessa de cor dourada, e polpa muito suculenta. O cacho da Garganega é longo e cilíndrico, e não costuma ser muito compacto. E é uma cepa de grandes rendimentos, e que leva tempo a amadurecer.
A Garganega é a principal variedade de uva usada nos vinhos frescos e delicados da Denominação de Origem Soave, do Vêneto. Mas também é encontrada em outras denominações como Colli Euganei, Colli Berici, Gambellara e Bianco de Custozam, e até em outras regiões, como Friuli e Lombardia.
Há informações disponíveis a respeito de um estudo de DNA ter comprovado que Garganega, do Vêneto, e Greganico Dorato, da Sicília, são sinônimos da mesma variedade, mas a OIV as cataloga como cepas distintas. Os sinônimos reconhecidos para a Garganega, pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho, são Oro, Garganego e D'Oro.
Os parceiros mais comuns da Garganega, em cortes, são Trebbiano e Chardonnay.
Os vinhos produzidos a partir da Garganega possuem uma pálida cor amarela.
No olfato, apresentam grande riqueza de compostos aromáticos, remetendo a perfumes florais como flor de pessegueiro, a frutas como damasco e maçã, e também a amêndoas, em suas versões mais clássicas. Remetem também a ervas e minerais, quando presentes em vinhos mais complexos.
A frouxidão de seu cacho dá à Garganega a capacidade, inclusive, de produzir excelentes vinhos de colheita tardia, com uvas secas. Isso porque o espaço entre os bagos aumenta a ventilação deles, e reduz o risco de doenças provenientes de fungos. Mesmo assim, os vinhos vinificados tradicionalmente, e não os de colheita tardia, são de fato, os mais conhecidos.
No paladar, os vinhos da Garganega são delicados e frutados, de corpo médio, de acidez equilibrada, e bastante aveludados.
Um vinho seco produzido com Garganega é um grande parceiro para um risoto de mexilhões com alho e salsinha, ou então para uma generosa porção de abobrinhas fritas. Um vinho de sobremesa elaborado com Garganega, por sua vez, fica muito bem harmonizado com arroz doce ou com pudim de amêndoas, por exemplo.
Que tal conhecer mais essa uva? Se quiser encerrar lendo sobre outras cepas e seus vinhos, clique aqui.
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