Geórgia
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Vamos por partes. Uma informação por vez. Para a gente não perder nada...
A Geórgia é um país de menos de 5 milhões de habitantes. Transcontinental, está localizado na fronteira entre a Europa e a Ásia.
Fez parte da antiga União Soviética. Durante esse período, inclusive, o país viu boa parte de seus vinhedos serem convertidos em plantações de melão, atendendo à política antialcoolismo promovida por Mikhail Gorbatchev.
Mas a cultura da vinha e a produção de vinho, na Geórgia, são tradições muito antigas, e que sobreviveram a esse período. Na realidade, mais do que isso. Acredita-se ter sido nesse lugar que a produção de vinho teve o seu início, há mais de 7.000 anos.
A palavra “vinho” é considerada derivada da palavra “gvino”, em georgiano.
Até hoje, é comum que as famílias georgianas cultivem videiras e produzam o próprio vinho. O vinho é, sem dúvida, parte da cultura desse povo.
Há mais de 500 diferentes variedades de uvas autóctones, ou nativas, cultivadas na Geórgia. Comercialmente, mais ou menos 40 delas são usadas na vinicultura. Se quiser ler mais sobre uvas autóctones, clique aqui.
As principais uvas da Geórgia, as mais difundidas, são:
Rkatsiteli, branca que produz vinhos muito encorpados.
Mtsvane, branca que produz vinhos minerais de guarda.
Saperavi, tinta que produz vinhos profundos e persistentes.
O clima, na Geórgia, é extremamente favorável ao cultivo da videira. Os verões não costumam ser excessivamente quentes, e os invernos são suaves e sem geadas. Os vales que abrigam os vinhedos são regados por rios com águas ricas em minerais.
Os vinhedos georgianos ocupam uma área de aproximadamente 45.000 hectares de terras, segundo algumas fontes, mas que pode chegar a 70.000 hectares, de acordo com outras. Os vinhedos estão divididos em 18 denominações de origem específicas. Cerca de 70% do total da produção de vinho vem de uma região chamada Kakheti. E o país produz cerca de 150 milhões de vinho a cada ano.
Por fim, uma peculiaridade da vinicultura da Geórgia: lá, os vinhos são muitas vezes armazenados em grandes vasilhames de barro chamados Kwewris, sendo envasados apenas no momento da venda.
Quando falamos em vinhos da Geórgia, estamos falando, sobretudo, de tradição. E isso é sempre muito bem-vindo para amantes do vinho, não é mesmo?
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